quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Viagem a Olímpia

Nestas férias fui fazer um cruzeiro no Mediterrâneo, onde visitei vários locais especiais. De entre todos eles decidi falar do Santuário de Olímpia na Grécia, por este ano de 2008 ter sido um ano de Jogos Olímpicos e este espaço ter uma ligação única com os jogos. Era neste espaço que se realizavam os Jogos Olímpicos da Antiguidade, que eram festividades que reuniam todos os helénicos, os gregos, como um único povo, porque para além de um carácter desportivo tinham um carácter religioso, de dedicação a Zeus.
Cheguei ao porto de Katakolon, o mais próximo das ruínas e viajei pela estrada percorrida actualmente pelos atletas com a chama olímpica, observando a paisagem rural grega, uma paisagem rural muito seca e de relevo bastante acidentado. Situadas na parte ocidental da Península do Peloponeso, na base do Monte Kronos (que, segundo a mitologia grega, é o nome de um dos titãs filhos de Gaia ou Géa, que, em grego, significa terra) e entre dois rios, as ruínas estendem-se por uma considerável área. Assim que entrámos na zona do antigo santuário foi-nos dito por uma guia que apenas uma porção do total das ruínas havia já sido escavada. Parámos na Palaestra, umas ruínas em bom estado de conservação e de dimensão considerável... tendo em conta que são do século III a.C.. As colunas são de estilo jónico e era neste espaço que os atletas treinavam as lutas nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Da Palaestra é possível ver todos as ruínas dos edifícios com carácter desportivo, situados do lado direito da avenida principal, sendo o outro lado um espaço dedicado a templos e edifícios de carácter mais religioso. Atravessando a avenida encontrei-me em frente ao que resta do Templo de Zeus, onde estava uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, a Estátua de Zeus, da autoria de Fídias. O templo havia de ter sido maravilhoso, apenas uma coluna resta, mas mesmo assim a sua base tem cerca de 2 metros de altura e a coluna 6 metros, mostrando a imponência que devia ter tido, afinal de contas este era o maior templo Dórico do Peloponeso. À volta do templo encontram-se vários capitéis e fustes de colunas que resultam da queda das mesmas, devido a violentos sismos. Em frente existia um templo dedicado a Hera, grandioso, ainda com 3 colunas dóricas em pé que apresentam dimensões extraordinárias.
Percorrendo o prolongamento do Templo de Hera entrei no Estádio, com uma forma de um U, que se estendia por cerca de 250 metros. Nunca existiram bancadas, portanto trata-se de um enorme espaço relvado em volta de uma pista central onde decorriam as provas de corrida. A distância percorrida pelos homens era de 196 metros, muito próxima dos actuais 200m.
As temperaturas já eram muito elevadas às 11 horas e meia da manhã, cerca de 37 graus, por isso voltei ao Porto de Katakolon.
Aqui fica um pouco da minha visita a Olímpia.

Francisco Pimentel, aluno do 11º 2B/3

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